O recém nascido acaba de sair de sua barriga e já é levado pelos médicos para fazer os primeiros procedimentos médicos de praxe nas Maternidades de nosso país. E assim o tempo passa e você mal pôde encostar nele e ele em você. A primeira mamada acontece mais de uma hora depois de seu nascimento. A ansiedade materna é gigante e a expectativa por dar o peito transborda. Não é raro que, numa situação como essa, quando finalmente o bebê chega aos braços da mãe ele está quieto e desinteressado, desligado de tudo. Para mãe esse cenário causa um desespero e os palpites começam: o bebê é preguiçoso, não vai mamar no peito, está rejeitando a mãe, vamos dar uma glicose… Tantas besteiras! A verdade é que o erro foi cometido lá trás. A mamada ainda na sala de parto, independente de ter sido uma cirurgia ou um parto normal, é o que pode impedir que este quadro se instale e garantir que logo na hora do nascimento o cérebro da mãe receba o estímulo da boca do bebê na aréola da mama. E assim, mesmo que depois ele entre neste limbo o processo do Aleitamento Materno já teve início no corpo da mãe.
É importante que fique claro que mesmo que esta situação ideal, do estímulo ainda na sala de parto, não ocorra nada impede a mãe de amamentar e produzir leite suficiente para sustentar o seu filho, só que pode demorar mais um pouquinho e assim a mãe fica mais vulnerável aos palpites inadequados e ignorantes. Este eu diria que é o maior problema. O ideal é que fôssemos colocadas dentro de uma bolha até que tudo estivesse consumado e assim ficaríamos protegidas dos palpiteiros.
A Dra Ana Heloisa explica bem como se dá este início do Aleitamento Materno: