O que fazer quando o bebê nasce sem o reflexo de sucção e não pega o peito?
01/09/2014
Chris Nicklas
O reflexo de sucção é vital para o sucesso da amamentação, sem ele o bebê não consegue mamar no peito, em algumas situações ele procura o mamilo mas fica sempre com a boquinha aberta, como se quisesse fazer o encaixe mas não sabe como, por isso é preciso procurar a ajuda especializada de uma fonoaudióloga que fará estímulos orais nele. Estes casos são mais comuns em bebês prematuros, mas podem ocorrer também em bebês à termo. A mãe que passa por este problema sofre muito e invariavelmente se sente rejeitada pelo filho, como se ele não tivesse “vontade” de mamar no peito. Antes que este quadro se agrave é preciso correr atrás de auxílio profissional. Cada hora que passa vale ouro porque o estado emocional da mãe se agrava rapidamente. Para muitas mulheres a frustração é insuportável e desesperadora.
O reflexo de sucção normalmente é imediato ao nascimento do bebê. Por isso hoje sabemos que a orientação do Ministério da Saúde é de colocar o bebê no peito no instante de seu nascimento, pois assim observamos que ele logo abre sua boca e procura instintivamente o bico do seio da mãe e já começa a tentar sugar. É impressionante! E este estímulo na mama da mãe é muito eficaz para a descida do colostro e mais tarde do leite materno.
Conversei com a fonoaudióloga Aline Sudo sobre como seriam estes estímulos. Levando-se em consideração que não é possível “pedir” para que um bebê faça certos movimentos com a boca e com os lábios, fiquei curiosa por entender como então conseguimos que ele realize os exercícios necessários para que a amamentação ocorra. Tanto o toque dos dedos da fono como o incentivo que o cheiro e o sabor do leite materno dão são peças chave neste trabalho de despertar o bebê para a amamentação.
Aline Sudo
Fonoaudióloga (CRFa 9166)
Consultora de amamentação
Voluntária das ONGs Amigas do Peito e Rede IBFAN*
(* a Rede IBFAN não aceita patrocínio de empresas que produzam e/ou comercializem produtos para lactentes, nutrizes, alimentos infantis, bicos, chupetas, mamadeiras e quaisquer outros produtos que caracterizem conflitos de interesse com a amamentação)