Amamentar é - aleitamento materno | por Chris Nicklas

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Parto e pós parto /Volta ao trabalho

Licença Maternidade X Licença Paternidade

Até que ponto elas ajudam e até que ponto atrapalham a mulher que trabalha?

  • 26/03/2015
  • Chris Nicklas

DiadoTrabalhao

Há muito no Brasil vêm se abrindo frentes para a discussão sobre a duração da Licença Maternidade e da Licença Paternidade.

Em nosso país contam automaticamente com 6 meses de licença as mães que são funcionárias públicas, as militares e as que trabalham em empresas que se cadastraram no Projeto Empresa Cidadã  ( que são apenas 12 000 ). Fora essas mulheres, todo o resto, que formam a imensa maioria, têm direito a 4 meses em casa com o bebê, o que dificulta muito e na grande maioria dos casos inviabiliza, o Aleitamento Exclusivo até os seis meses completos do bebê, orientação preconizada pelo Ministério da Saúde.

A Licença Paternidade na grande maioria dos estados brasileiros é de 5 dias de ausência no trabalho.

Este ano a Campanha em prol do Aleitamento Materno tem como tema “Amamentação e Trabalho – Vamos fazer funcionar”. O Ministério da Saúde, através desta iniciativa,  clama por apoio e ajuda por parte da sociedade para que a mulher não fique solitária na empreitada de transpor todos os obstáculos que se apresentam em sua jornada materna.

Resumindo: não é fácil!

Separei para vocês este artigo da Revista Crescer que selecionou o modelo político de Licenças Maternidade de diversos países para que possamos conhecer outros parâmetros além dos nossos.

O que venho observando, pesquisando e ouvindo as mães que passam pelo Amamentar é… é que essa decisão é muito complexa. Muitas mulheres se sentem divididas e não contempladas no atual modelo brasileiro de Licença Maternidade.

Sugiro que vocês leiam esta reportagem e observem as colocações que são feitas sobre os países nórdicos que, mais sábios, já entenderam que o simples aumento da Licença Maternidade não é suficiente, pois prejudica a mulher trabalhadora tornando-a um profissional menos interessante pelos olhos do empregador; este aumento teria que vir acompanhado do aumento da Licença Paternidade para que se igualassem as posições de homens e mulheres no mercado de trabalho. Os estudos que já foram feitos sobre o aumento da Licença Paternidade no Brasil apontam para o fato de que vivemos numa sociedade machista que ainda vê a mãe como a única responsável pela criação dos filhos sendo esta impossível de ser dividida igualmente pelos progenitores.

Os reflexos disso são muitos, desde o adiamento da maternidade para uma idade mais tardia, como o próprio abandono do Aleitamento Materno, já que no atual cenário não podemos mais considerar que a mulher deva, precise ou possa largar tudo o que conquistou à duras penas depois de anos de lutas por direitos iguais aos homens.

Encontrarmos um modelo político satisfatório para nós brasileiros requer participação da sociedade. Como vocês imaginam ser a melhor forma de tornar o nosso país amigo da maternidade sem ao mesmo tempo prejudicar a mulher trabalhadora, botando em risco tudo o que conquistamos nas últimas décadas?

http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI174223-10577,00.html

Vejam este noticiário:

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/11/ampliacao-da-licenca-paternidade-em-estados-brasileiros-gera-discussao.html