O caminho de cada um em meio a tantas informações e orientações.
03/09/2013
Chris Nicklas
Aleitamento prolongado, médio, curto, mais ou menos, misto… Rsrsrs! São tantas as categorias que criamos, não?
Ficamos bem perdidas no meio dessas definições. Eu sofri muito, e cada decisão tinha um peso enorme, como se o mundo fosse acabar ali!
Hoje, olhando para trás e conversando com vocês aqui pelo Amamentar é…, percebo o quanto poderíamos evitar todo este sofrimento.
Recebo mensagens de mães que se sentem pressionadas e cobradas. Perdem por isso a capacidade de entrar em contato com seu desejo mais profundo. No caminho da procura pelo que é “certo” se desconectam do que é a sua própria verdade.
No meu caso só me dei conta de que verdadeiramente queria continuar a amamentar meus filhos quando senti que poderia parar. Foi libertador entender que eu os amamentava por que queria e não por que era o certo a fazer. E a decisão era minha!
Não cheguei nem perto do que preconiza o Ministério da Saúde, os tais dois anos ou mais. Não sou modelo de referencia para ninguém.
Tenho gosto de ver quando uma mulher amamenta feliz, desmama sem culpa, desfrutando de cada etapa deste processo com tranquilidade e aprendendo a lidar com cada passo que a criança dá em direção ao mundo, se distanciando dos cuidados da mãe. É bonito! Seja no aleitamento prolongado, médio, curto… Tenho convicção de que o tempo de cada mãe é absolutamente de cunho pessoal!
Entendo que o Ministério da Saúde é um órgão governamental que tem a seríssima missão de diminuir a mortalidade infantil neste nosso Brasilzão que engloba as realidades mais extremas, que vão da riqueza descomunal à miséria mortal. E o aleitamento materno é uma ferramenta poderosa, aliás a meu ver a mais poderosa de todas. Um bebê no seio materno está protegido da morte precoce. Ponto pacífico.
Aqui no Amamentar é… converso com todo tipo de mãe: as que amam amamentar, as que sofrem enquanto o fazem, as que não se sentem capazes e por isso querem desistir, as que no início são infelizes e depois se deliciam, as que se deliciam no começo e no final se sentem aprisionadas… Enfim, são tantas as possibilidades!
Quando mergulhamos na subjetividade de uma mulher nos deparamos com um universo inexplicável, complexo e misterioso.
Na relação entre mãe e filho os limites são definidos de uma forma tão sutil. Ou melhor no nível do sutil!
Vai explicar… Vai entender! E quem disse que há o que entender?!
O que procuro na minha relação com meus filhos é construir algo alegre, que vibre como uma gargalhada. Nem sempre consigo, na verdade muitas vezes não consigo… Mas tento.
O aleitamento é para ser assim, uma energia de vida e conexão alegre.
Como? Não me pergunte. Se pergunte!
Procure se informar sobre o que é o melhor para o seu filho e some o resultado dessa pesquisa com o que é o melhor para você. E então a resposta virá! E aí você vai perceber que ela sempre esteve ali, bem debaixo do seu nariz!