Compressa quente ou fria: quando, como e porque usá-las?
A compressa parece inofensiva, não? Mas não é! Vejam as orientações da Dra Ana Heloisa.
07/04/2016
Dra. Ana Heloisa Gama
Aí você está ali, tensa, achando que não tem leite. Ou o contrário, com leite demais, explodindo!
Chega a sua vizinha ( ou sua tia, sua avó, sua melhor amiga, sua irmã… Não importa! Sempre aparece alguém para te dar uma dica ou um conselho! ) e diz: – Compressa quente! Pode colocar que vai te ajudar muito!
Ela poderia falar o contrário, para você usar a compressa fria… Não interessa.
O ponto aqui é o seguinte: as compressas parecem ser inofensivas, receita de vovó, mas na verdade são poderosas e se as utilizarmos de forma incorreta e sem orientação médica de qualidade podemos agravar uma situação que já não estava favorável.
Não me pergunte por que mas por inúmeros motivos é comum tomarmos este tipo de medida sem falarmos com um médico, pois consideramos que a chance de risco é pequena, mas não é. E o pior é que invariavelmente além da compressa fazemos uma série de outras coisas que também interferem no processo de produção e descida do leite.
O corpo responde a qualquer estímulo de frio e calor com muita eficiência, por isso é preciso entender qual é a resposta que nosso cérebro da a estes estímulos, e também definir de partida qual é o nosso objetivo: se é aumentar a produção de leite, diminuir, desempedrar…
Além disso é importantíssimo compreender que a compressa não ataca a origem do problema, que normalmente está na mamada, na forma como esta é administrada e na qualidade da pega.
Pois bem, por essas e outras conversei com a Dra Ana Heloisa para que ela nos explicasse o quão séria é a decisão de colocar uma compressa na mama ( fria ou quente ), e para minha surpresa ela se refere às compressas como “perigosíssimas!”.