Amamentar é - aleitamento materno | por Chris Nicklas

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Chris Nicklas /Colunistas

A maternidade hoje

Atualmente somos preparadas para o mercado de trabalho, mas e para a maternidade?

  • 21/02/2014
  • Chris Nicklas

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Na época das minhas avós era tudo muito simples: mulher era para se casar e ter filho! Todas eram cuidadosamente preparadas para cumprir os papéis de mãe e dona de casa. As famílias, em sua maioria,  eram numerosas. A filha mais velha ajudava a  cuidar dos irmãos mais novos e assim se familiarizava com a rotina que seria um dia a sua.

Os tempos mudaram! A sociedade e seus valores não são mais os mesmos. O que se espera de uma mulher hoje num grande centro urbano? Tantas são as respostas que não caberiam nessa página! Somos preparadas para o mercado de trabalho. Nossas famílias já não são mais tão grandes. Mas ainda em nós vive o sonho romântico da maternidade e a promessa do sentimento de plenitude que ela supostamente nos traz.

Nasce o bebê. Tão sonhado e esperado. Mãe e filho vão para casa e a rotina materna se instala.

Dia após dia tudo se repete.

Invariavelmente o Aleitamento Materno imprime sofrimento e sentimento de incompetência. Por dias dói e fere a mãe recém parida.

É assim mesmo? Ela se pergunta; a maternidade?!

Pensamentos a perseguem por toda a parte. O cinema com o marido, o trabalho, as viagens de final de semana, os amigos, sua vida social, a academia, as festas, noites bem dormidas, o sexo, seu corpo de antes…

Quantas perdas!

Com o bebê no colo, sente seu calor e um amor que nunca pensou que pudesse experimentar. Ninguém nunca compreenderá a ambiguidade que a dilacera.

Esperava mais de si. Que tipo de mãe seria ela? Egoísta? Amorosa? Indiferente? Paciente? Negligente? Boa? Má?

Quanta culpa! E tudo o que ela queria era estar feliz com seu filho em casa, os seios cheios de leite, um sorriso no final do dia recebendo o marido; a figura da mãe plena!

O que a impede!?

Desde menina planejava ser veterinária. Todos os investimentos da família direcionados para a realização de seu sonho. Formou-se, e logo conseguiu um estágio. Não tem sobrinhos e as amigas que já tiveram filhos se distanciaram. Nunca havia segurado um bebê no colo até o dia do nascimento de seu filho. Sua mãe e seu pai são separados e a visitam brevemente no final de semana. Perguntam, que cara é aquela? Tanta sorte! Um bebê saudável nos braços, um marido trabalhador que a ama, uma babá para ajudá-la… O que lhe falta? A pergunta ecoa pelos corredores de seu apartamento: – O que me falta?

Muitas mulheres se sentem assim hoje em dia. Não julgue, acolha! Ser mãe nunca foi fácil, mas talvez, nunca tenha sido tão solitário!