Uma reflexão sobre o debate que coloca em cheque o quanto respeitamos umas às outras.
18/11/2013
Chris Nicklas
Podemos começar assumindo que este é um direito de toda mulher!
Ok, mas desfrutarão dele só as que querem. Óbvio!
O quanto isso diz respeito às que não querem, ou não se sentem à vontade para tal? ( O que aliás é do direito delas também! )
Por que vejam bem: o que vejo nos comentários do Amamentar é… é que as que não se sentem confortáveis dando o peito na rua cobram das outras que não o façam! Ora, ora! Não ficar à vontade com seu próprio seio à mostra é uma coisa, mas não aceitar que a outra fique é outra completamente diferente.
Sim, vivemos num país falso moralista. Isso é notório! Não estou contando nenhuma novidade e nem muito menos descobrindo a América.
O país do carnaval, do biquíni fio dental, da imensa audiência do Big Brother, se diz incomodado com o seio à mostra no ato do aleitamento materno.
Não faz sentido!
A hostilidade, vejam bem, não parte só dos homens, dos mais velhos, das instituições; parte de outras mães, que também amamentam!
Este incômodo tem sua origem no território sexual. Afinal, somos o único mamífero no planeta terra que se melindra na hora de amamentar. É uma tal complicação, é tanta insegurança, tantos medos, dúvidas, impedimentos!
E a única coisa que nos diferencia dos outros mamíferos é o fato de que fazemos sexo! Não procriamos e cruzamos simplesmente pela perpetuação da espécie. Cruzamos uns com os outros por que nos dá prazer e isso faz deste um ato sexual com toda a sua riqueza e complexidade.
O seio vem neste pacote como área erógena das mais potentes.
Pois bem, para algumas de nós é fácil separar o joio do trigo, e no nascimento do filho esses dois assunto não se misturam, não se constrangem. Caminham lado à lado.
Para outras é impossível não ver na exposição da mama a exibição do sexo.
Certos e errados não nos prestam para muita coisa nessas horas, quando o que é bom para mim não serve para o outro. Ficaríamos num debate infinito.
Que venha a lei, para impor o limite do respeito entre as diferenças.